Por Leandro Oliveira
Sábado de sol... Então para relaxar, o mestre Wilson Simonal em dois momentos: com a extraordinária Sarah Vaughan, e no documentário fundamental de Cláudio Manoel.
Do release oficial de "Simonal - Ninguém sabe o duro que dei":
Como é que pode o Rei do Suingue ser condenado ao ostracismo por falta de jogo de cintura?! Pois é... esse é o paradoxo que marcou a vida de um dos maiores artistas da música brasileira: Wilson Simonal. "Alegria, Alegria" era o bordão desse cantor negro que orquestrava platéias gigantescas. O dom que ele tinha em dominar as massas, lhe faltou na hora de lidar com o sucesso. Simonal era subversivo e carismático ao mesmo tempo, sendo mal interpretado numa época em que tudo era analisado com radicalismo: ou você era da Direita Perversa ou da Esquerda Intolerante. No meio desse tiroteio de ideologias, Simonal foi vítima das duas correntes. O precursor da musica POP Brasileira, intérprete da "Pilantragem" (estilo de musica debochado e malandro da época), perdeu o rebolado quando não teve habilidade em lidar com o suposto roubo de seu contador. O menino negro e pobre, filho de empregada doméstica, que alcançou o sucesso graças ao seu talento, viu tudo desmoronar... julgado e renegado pelos seus colegas de trabalho e pela mídia, num boicote que durou mais de duas décadas.
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