Por Leandro Oliveira
Esta semana o público de São Paulo terá a oportunidade de ouvir uma estrela de primeira grandeza da música clássica internacional, o violinista e maestro Pinchas Zukerman. Será na Sala São Paulo, na temporada oficial da Osesp.
Zukerman era o caçula de um grupo de amigos talentosíssimos que juntava Daniel Barenboim, Jacqueline Du Pré, Itzhak Perlman e Zubin Mehta e, em algum momento da década de sessenta, tornaram-se tão influentes na estonteante cena Nova Iorquina que, apadrinhados por Isaac Stern, receberam o apelido carinhoso e irônico de kosher nostra - "máfia" musical batizada sobretudo em referência à ascendência judaica e ao filosemitismo de todos eles (Mehta é desde a década de setenta, diretor musical da Filarmônica de Israel).
Zukerman foi ao lado destes figurões, um dos responsáveis por momentos históricos do mercado clássico recente - como a gravação do quinteto "A Truta" de Franz Schubert, um best-seller à sua época. Era o "quinteto de um milhão de dólares", como se costumava dizer. Jovens bem-sucedidos, bonitos e inteligentes, fazendo música com extremo senso de compromisso, tradição e bom humor, emanavam carisma por todos os lados.
Anos-luz de distância do histriônico Lang Lang e tutti quanti da cena atual.
Para quem não conhece, um must see: o documentário dos ensaios e concerto de "A Truta". Boa música com músicos antes de tudo charmosos. Charme? Sim, pois não - e a estética "Beatles" só ajuda...
Nenhum comentário:
Postar um comentário