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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A despedida do Fenômeno

por Leandro Oliveira

Sem dúvida, a melhor parte do nosso jornalismo está na cobertura esportiva. Hoje li um artigo como não se escreve mais, do Antero Greco no Estadão. Em que outro editorial é possível ler coisas como essa sem pensar em puros salamaleques retóricos?

(...) Mas entra para a história como um dos grandes do esporte. Craque nasceu, craque se mostrou por onde desfilou sua classe, craque será sempre. As imagens estão aí para fazer com que ninguém, nunca, seja sufocado pela saudade de suas proezas. Como amante do futebol, só me resta fazer reverência a um dos reis da bola.

Ao vivo, só vi Ronaldo em campo quando matava aulas no Colégio Pedro II. Um amigo de meu irmão, torcedor do São Cristóvão, comentava sempre do "Ronaldinho", um jovem prodígio que, com a nossa idade à época, era o artilheiro da segunda ou terceira divisão do campeonato. Ele nos convencia a fazer coisas melhores que participar das aulas de Latim...

"Ronaldinho" já mostrava o que seria e dali, dos campos do São Cristóvão, partiu para o Cruzeiro. Tenho essa pequena vaidade da convivência clandestina com um gênio antes de seu reconhecimento público, antes de seu estrelato. Quando consagrou-se na Holanda, eu com prazer dizia - "puxa, lembro dele jogando ali na quase várzea que era a sede de um time do subúrbio carioca"... E ninguém acreditava pois oficialmente eu nunca matava aulas.

Obrigado Ronaldo!

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