por Érico Nogueira
- Sonhei que tinha um colt cavalhinho 38 cromado. E quis contar pra vocês - já que minha tese, neste ano, vai me deixar pouquíssimo espaço pra falar de outra coisa senão dela própria;
- Teócrito é poeta imenso. Ao traduzi-lo, ora com o dodecassílabo, ora com o meu hexatônico, me sinto um pouco menos incompleto, como poeta. Participo do seu bom-humor, da sua jovialidade, das suas tiradas fantásticas, da sua mistura de registros, - e até da sua graveza e da sua ternura, aqui e ali;
- a D&C deste semestre está fenomenal: não percam;
- naufragou a tentativa de fundar uma revista/portal on-line junto com outros amigos; numa palvra: é muita estrela pra pouca constelação, como dizia o Raul, - pra nada dizer da pouca vontade de dialogar, de mediar as próprias opiniões; tá lá no Tocqueville: democracia é mediação - e pouca coisa a mais; depois a gente reclama dos autoritarismos; fiquei de saco cheio; nada, porém, que afetasse a minha amizade por todos eles;
- sonhei com um colt cavalhinho; mirava no matagal, atirava, Adriana vinha, me trazia suco de abacaxi... E Freud que vá pra puta que o pariu -- eu só queria o abacaxi, a Adriana e o colt; só isso, nada mais.
Retirado de Ars Poetica.
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