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sábado, 2 de abril de 2011

Filosofia e Polvos

por Academic Minute

Dr. Peter Godfrey-Smith é professor de filosofia da Harvard University e suas áreas de interesse e pesquisa incluem a filosofia da ciência e a filosofia da mente. Ele é autor de "Complexity and the Function of Mind in Nature" e "Theory and Reality: An Introduction to the Philosophy of Science".

Para o posto original em sua versão de áudio, clique aqui.

Em que polvos interessam à Filosofia? Interessam à parte que se preocupa com a mente. Para entender porque, demos um passo atrás e pensemos sobre as conexões evolutivas entre todos os seres vivos.

Biólogos imaginam tais relações a partir de uma "árvore da vida". Trata-se de uma enorme estrutura em forma de árvore onde cada espécie é relacionada aos parentes próximos e conectadas a outras mais distantes. Os vertebrados formam um ramo da árvore, e ali é onde encontramos praticamente todos os animais de cérebros grandes e complexos. Entre estes estamos nós, outros mamíferos e pássaros - em termos evolutivos, somos primos.

Na enorme área da árvore que contém outros animais, invertebrados, há apenas um ramo onde podemos encontrar cérebros desenvolvidos. Nele estão os cefalópodes - polvos, sépias e lulas.

Os sistemas nervosos foram desenvolvidos separadamente nestes dois ramos e em nenhum outro. Polvos são um experimento distinto na evolução da mente: encontrar um é como encontrar um ser extra-terrestre.

Pois o que tal experimento produziu? Aqui está uma coisa: o sistema nervoso de um polvo é menos centralizado que o nosso. Na verdade, mais da metade dos neurônios do animal não está no cérebro central do bicho, mas nos seus oito tentáculos. É como se cada braço tivesse um cérebro para si. Ou talvez em um polvo haja inteligência sem um self unificado.


Retirado de Academic Minute Home.

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