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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Tchaikovsky Competition and beyond

por Leandro Oliveira

É o que se fala no mundo civilizado. Após a aparente derrocada do formato "concurso de música", eis que Valery Gergiev assume a presidência do Tchaikovsky Competition, convida alguns dos artistas mais prestigiosos da atualidade para o corpo de jurados - Nelson Freire esteve lá mas declinou após a primeira semana por estafa - e fez agitar a coisa toda.

Como sempre, muita polêmica. A principal, a saída de Eduard Kunz, muito cedo pelo que parece. E, em casos assim, o esperado: o sujeito não levou o prêmio mas já ganhou o que precisa que é visibilidade e reputação. Sua participação no evento balançou o mundo musical.



Coisas oportunas: acusações de xenofobismo com candidatos dos países satélites, juízes abandonando o certame por motivos de força maior, "ingerência política" nos resultados parciais. Não que as coisas estejam necessariamente relacionadas.

Ao fim e ao cabo, os vencedores:

Piano: Daniil Trifonov (russo);
Violino: sem medalha de ouro, dois segundo colocados: Sergei Dogadin (russo) e Itamar Zorman (israelense);
Cello: Narek Hakhnazaryan (armênio, que foi insultado por um maestro da competição por ser "caipira");
Voz: Sun Young Seo e Jong Min Park (coreanos).

Coreanos?!

Para saber mais, sugiro o excelente Tom Service, que acompanha tudo de lá.

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Ia falar do encontro com Roberto Minczuk e a turma da Dicta semana passada. Não consegui por motivos inadiáveis - fui descansar. Mas Greg Sandow, que diz coisas que interessam e são pertinentes, diz o que seria ainda mais pertinentes no contexto do encontro. Seguir seu artigo, já na quarta parte, é a melhor maneira de concluir a discussão.

Why aren't orchestras subject (in public, or even very much in private) to detailed comparisons, revealing how well they play?

I think there are four reasons. (...) First: it would be hard to do anything with the information these comparisons would supply. (...) Second: the ideology of classical music says that everything's wonderful. (...) Third: it's in orchestra managements' interest not to have quality talked about. (...) Fourth; it's in the musicians' interest not to have their quality talked about. (...)

If baseball teams had boards, of course the comparisons would be talked about. (...)


Na mosca, não? Na íntegra aqui.

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