por Leandro Oliveira
O Joel na Dicta chama atenção para algo assaz interessante. Olhe lá:
Se vivemos o início de uma implosão populacional no Ocidente, é porque, para muitos casais, ter filhos parece um sacrifício muito grande, algo que não vale a pena; ou uma responsabilidade à qual não se sentem preparados. Quem sabe um, no máximo dois, e só. Há quem, inspirado por ideais, digamos, conservadores, deplore essa situação, e exorte todos à prática do sacrifício: ter filhos é mesmo um fardo, mas é um dever que sejamos menos egoístas e aceitemos uma vida menos feliz para cumprir o “crescei e multiplicai-vos”.
Outro postura é a adotada por Bryan Caplan, professor de economia da George Mason University, exposta em seu livro "Selfish Reasons to Have More Kids": ter filhos é uma experiência muito gratificante, e os custos dela têm sido grosseiramente superestimados. Nossos cuidados com os filhos têm pouco ou nenhum efeito na pessoa que eles serão quando adultos, como indicam pesquisas feitas com filhos adotivos e gêmeos idênticos que cresceram separados. A genética fala mais alto que a formação. Portanto, pode relaxar, curtir e deixar vir os bebês.
Aqui, uma entrevista com Caplan feita pelo blog da revista "First Things". A tese é polêmica, e pode talvez desagradar à primeira vista, mas não posso deixar de notar que, de fato, as preocupações com o “jeito certo” de se cuidar de um filho chegam hoje à neurose: métodos educacionais, cursos extracurriculares, brinquedos educativos, cuidados alimentares, produtos para bebê (eu, como pai recente, sei por experiência própria a quantidade de produtos “essenciais” que nunca saíram da caixa). Talvez a tese de Caplan seja basicamente o senso comum de gerações passadas: cuide do bebê e da criança, mas sem exageros; ela vai crescer por conta própria; a responsabilidade não é tão opressiva quanto parece. E talvez isso torne a paternidade e a maternidade mais atraentes para muitos.
Com links no original, aqui.
O Joel na Dicta chama atenção para algo assaz interessante. Olhe lá:
Se vivemos o início de uma implosão populacional no Ocidente, é porque, para muitos casais, ter filhos parece um sacrifício muito grande, algo que não vale a pena; ou uma responsabilidade à qual não se sentem preparados. Quem sabe um, no máximo dois, e só. Há quem, inspirado por ideais, digamos, conservadores, deplore essa situação, e exorte todos à prática do sacrifício: ter filhos é mesmo um fardo, mas é um dever que sejamos menos egoístas e aceitemos uma vida menos feliz para cumprir o “crescei e multiplicai-vos”.
Outro postura é a adotada por Bryan Caplan, professor de economia da George Mason University, exposta em seu livro "Selfish Reasons to Have More Kids": ter filhos é uma experiência muito gratificante, e os custos dela têm sido grosseiramente superestimados. Nossos cuidados com os filhos têm pouco ou nenhum efeito na pessoa que eles serão quando adultos, como indicam pesquisas feitas com filhos adotivos e gêmeos idênticos que cresceram separados. A genética fala mais alto que a formação. Portanto, pode relaxar, curtir e deixar vir os bebês.
Aqui, uma entrevista com Caplan feita pelo blog da revista "First Things". A tese é polêmica, e pode talvez desagradar à primeira vista, mas não posso deixar de notar que, de fato, as preocupações com o “jeito certo” de se cuidar de um filho chegam hoje à neurose: métodos educacionais, cursos extracurriculares, brinquedos educativos, cuidados alimentares, produtos para bebê (eu, como pai recente, sei por experiência própria a quantidade de produtos “essenciais” que nunca saíram da caixa). Talvez a tese de Caplan seja basicamente o senso comum de gerações passadas: cuide do bebê e da criança, mas sem exageros; ela vai crescer por conta própria; a responsabilidade não é tão opressiva quanto parece. E talvez isso torne a paternidade e a maternidade mais atraentes para muitos.
Com links no original, aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário