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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Amnésia Cultural - Tony Curtis


Por Maria Celina Gordilho

Eu tinha preparado um post para hoje - e daí leio sobre a morte de Tony Curtis, aos 85 anos.

Não vou descrever a biografia dele aqui - a France Presse já se encarregou do métier, e os jornais brasileiros, de traduzi-lo. Contarei apenas uma lenda - será fato? - narrada pelo guia de viagem pela Hungria e lembrada hoje por papá.

Durante a guerra (a 2ª, né), Tony Curtis levou sua namorada, Liz Taylor (entre um marido e outro), então astros de Hollywood, para Budapeste, capital do país de onde seus pais vieram. Na época, havia toque de recolher, e a cidade ficava às escuras, pois havia o temor de que podiam ser atacadas à noite, pois a luz as tornaria alvos iluminados e fáceis.

Tony e Liz saíram para jantar, depois esticaram a noite em um bar, esticaram em outro, e passaram do toque de recolher. Voltaram ao hotel Hilton, que ficava em frente à ponte Elizabeth (Erzsébet híd), totalmente às escuras. Oras, Tony não podia levar a namorada para conhecer sua cidade by night, naquele clima romântico, se a cidade não tivesse luzes. Tony ligou para o prefeito de Budapeste e lhe pediu para que acendesse pelo menos as luzes de Erzsébet híd. O prefeito, talvez um romântico, concedeu o pedido, e a ponte ficou toda iluminada. A noite romântica foi salva (até hoje, Budapeste tem uma iluminação noturna linda e romântica).

A partir de então, quando viram que as luzes em quase nada interferiam com a guerra, Budapeste (ou outras cidades europeias, a exemplo de Budapeste - essa parte da lenda é meio envolta em brumas) reacendeu suas luzes à noite. A população ficou tão agradecida que deu à ponte o nome de Elizabeth, em homenagem à Taylor e Tony (essa parte da história é lenda - a ponte foi nomeada, na verdade, em homenagem à rainha Elizabeth, esposa de Francisco José I, assassinado em Genebra em 1898).

Deixo aqui minha homenagem ao querido ator Tony Curtis,que me diverte toda vez que assisto "Quanto Mais Quente Melhor".

2 comentários:

Anônimo disse...

Liz Taylor tinha 13 anos ao término da guerra, mas 'se non è vero, è ben trovato'.

Alexandre

Maria Celina disse...

Alexandre, tem razão, mas é uma boa história.
Pelo menos é melhor que a vida real.

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